02 fevereiro, 2010

O porco

Em tempo de vacas magras, adivinham-se tempos difíceis.
No verão passado houve apenas direito a uma semana de férias na praia (por motivos de saúde de familiares que eu não quis deixar sós, e) porque as contas cá de casa não andam tão bem como isso tudo... Não que me queixe... não!! Até porque o meu salário e progressão na carreira estão "congelados" há quase 10 anos...
Mas o que é isso a comparar com famílias que vivem com ordenados baixíssimos e lá vão empurrando a vida??
Mas deixando as lamúrias de lado, em conversa com uma colega de trabalho, às 8:30 antes da abertura ao público (sim, porque depois é uma roda viva e não há tempo para conversas nem risotas, nem telemóveis, é o dia inteiro a zunir).
Eu dizia que havia de arranjar um pé-de-meia para termos umas férias "mais-à-larga", disse-lhe que até já tinha falado com o meu-mais-que-tudo para arranjarmos uma caravana e sair mesmo aos fins de semana. (Na altura ele agarrou na barriga de tanto rir - e eu muito ofendida perguntei qual foi a graça -) E as minhs fobias a bichos e barulhos de noite? E o escuro? E todas as comodidades a que estou habituada? As miúdas desde muito pequenas andam nos escuteiros e estão habitudas a acampar, ele também foi assim habituado em miúdo enquanto viveu em Moçambique, mas eu sou de vidro :).
Bom, a única solução é aumentar o orçamento para acrescentar à devolução de IRS que chega em boa altura para as férias.
Pergunta-me ela: mas não tens aqueles mealheiros das miúdas??
Eu respondi que sim, mas esses têm sempre algures uma tampinha e acabamos por ir retirando qualquer coisita...
Eu queria um dos de antigamente: Um porco só com uma ranhura de entrada, que quando estivesse cheio se partisse.
Isto virou risota e diz ela: Olha que boa ideia.
Como temos horário contínuo eu fui almoçar ao meio dia (e muito) e quando cheguei foi ela, da uma às duas.
Eis que quando chega às duas horas diz que nem almoçou em condições por minha culpa e trazia um embrulho que foi a risota de toda a gente.
Ofereceu-me um porco mealheiro como se usavam antigamente, com ranhura de entrada mas sem saída, para quebrar quando estiver cheio. Comprou um pra ela também. Quando chegar a altura de férias vamos ver quem as tira mais refasteladas, Nós cá em casa estamos intusiasmados, acho até que vou ter que comprar mais porcos (Ai que isto vira pocilga!!!)
Nota: Esta brincadeira comecou no 1º dia útil do ano, portanto, dia 4 de Janeiro.

8 comentários:

Mamã Martinho disse...

Lol! o que já me ri com esta história!
Bem, eu nas minhas férias ao Alentejo lá trouxe uma vez um porco desses para o Fábio. Esra pequeno e logo o encheu. Partiu-se e teve de se comprar outro, maior. Agora está mesmo para nós (o miudo tem outro), mas não para o mesmo fim. Espero que sejas mais certinha do que eu em ir colocando lá as moedas. Se fores de férias para o Alentejo passa por S. braz de Portel que têm lá uns porquinho desses mas mais giros e baratos!

Bjs

Mónica

Anónimo disse...

Como eu te comprendo. Salários sem aumentos, subidas de escalões congelados, etc, etc....

Adorei a tua históri.

Eva Lima disse...

Vou ali comprar um, só não sei se vão sobrar algumas moeditas.....

Eu preferiria a caravana...

Drica disse...

Oi, tem selinho pra vc em meu blog

Soeli disse...

Ola,hoje passando pra uma visitinha no seu blog,me lembrei dos meus tempos de criança,quando tinhamos os cofrinhos.Boas lembranças,quem sabe adoto tbem essa idéia.Um abraço amiga.

Unknown disse...

Há kto tempo não passava por aki...
A historia é divertida, sim Srª.

bjinho GRD, Rosa

Unknown disse...

Há kto tempo não passava por aki...
A historia é divertida, sim Srª.

bjinho GRD, Rosa

Unknown disse...

Há kto tempo não passava por aki...
A historia é divertida, sim Srª.

bjinho GRD, Rosa